Nas viagens que eu fiz
Prá o sertão da Paraíba
Do mês de São José até abril
Fui com o coração partido
E voltei muito feliz
Na volta prá capital.
Na descida da borborema
Fiquei triste e feliz
Eram os carros passando por cima de sapos,
E no
parapeito do pára-choque
Borbuletas
voando e morrendo.
Mas, a alegria era grande
Por meus olhos ver cortar de longe
De norte a sul, grandes relâmpagos
No meio da escuridão.
E logo fui tomado por uma grande chuva,
Que vinha do lado da praia em direção ao semiárido.
Nesse momento parei,orei, agradeci e saí correndo
com o carro...
A rolar na estrada para quando lá chegar...!!!
Levar a novidade... novidade não!
A notícia que a chuva começou a chegar,
Para animar o sertanejo, cararizeiro e até brejeiro
Que e nunca tinha visto uma grande seca,
Mas, também uma grande regeneração
Da própria natureza... bicho gritando, passarinhos
surgindo, reptes desfilando
De um lado para outro, pastos crescendo na terra
molhada e a aza branca fazendo
Festa no ninhal.
É a vida surgindo de uma cinzenta seca...!
Ø IVANILDO PEREIRA DANTAS– Poeta,
Técnico agrícola e escritor
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